“Atenção, senhores passageiros, apertem os cintos, estamos passando por áreas de turbulência!”
Quem tem o hábito de viajar de avião, provavelmente já ouviu frases semelhantes a esta. Apesar da apreensão que ela nos causa, é normal a existência de turbulência durante os voos. As turbulências ocorrem por vários motivos, desde a formação de nuvens, correntes de ar até trovoadas e a mudança repentina da direção dos ventos. São situações habituais na aviação.
E assim como a turbulência é considerada normal, antes de diagnosticar uma patologia em um paciente, você também precisa considerar o que é “normal”, o que é mais aceito para determinada sociedade.
E já que pensar em normalidade não é tão fácil, precisamos averiguar um conjunto de critérios para diferenciar o que é normal do que é patológico.
E esses critérios são:
1. Significância clínica: Se o comportamento está causando prejuízo para a própria pessoa e para as pessoas ao seu redor. Devemos analisar qual prejuízo é esse e se tal prejuízo aparece em outros ambientes, ou seja, em quais contextos esses prejuízos aparecem.
2. Significância desenvolvimental: Observar se o comportamento está de acordo com a idade. Se o desenvolvimento da criança obedece aos marcos do desenvolvimento. O que são os marcos do desenvolvimento? Os marcos do desenvolvimento são habilidades que precisamos adquirir de acordo com cada faixa etária. Lembrando aqui que o patológico não obedece aos marcos do desenvolvimento.
3. Outro critério é significância cultural. Assim, temos que observar se o comportamento está de acordo com a sociedade em que ela vive. Precisamos saber o que é considerado habitual para determinada sociedade. Por exemplo, em algumas culturas é comum se alimentar de insetos, o que aqui no Brasil não é tão comum.
4. Além disso, o critério de significância de escolaridade. Aqui também é necessário saber se o comportamento da criança está de acordo com a escolaridade, se o que a criança está aprendendo corresponde à idade e à série em que ela está. Por exemplo, é esperado que uma criança que esteja no 3º ano já esteja alfabetizada; caso contrário, se faz necessário investigar o motivo.
5. Por fim, a significância estatística. É necessário olhar o que é frequente em uma população, o que é considerado “média”. Aqui vai uma ressalva: nem tudo que está na média é considerado saudável. Podemos, por exemplo, ter uma criança com o QI na média, mas ela pode ter algum transtorno.
Dizem por aí que, se você se sentar próximo às asas ou nas primeiras fileiras do avião, os efeitos das turbulências podem ser atenuados. Com a neuropsicologia, é mais ou menos assim: se você olhar para todos os critérios acima, evitará falsos diagnósticos e, com certeza, estará entre as primeiras escolhas dos seus possíveis clientes.
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Para psicólogos: https://serneuropsi.com.br/
Para outros profissionais da saúde e educação:
Andressa Kato,
Equipe Incantato Psicologia