Joãozinho é uma criança de 5 anos que adora brincar com os seus carrinhos, ele tem uma coleção deles, costuma enfileirá-los sempre que está brincando e, por vezes, pega um desses carrinhos e fica girando a rodinha por um longo tempo. Também faz o movimento de vai e vem com eles no chão do seu quarto por horas.
Agora eu te pergunto, a brincadeira do Joãozinho é simbólica ou funcional?
Se você trabalha com os pequeninos precisa saber responder, mas se não sabe, vamos te ajudar!
A brincadeira vai muito além da diversão, é por meio dela que a criança se expressa e tenta suprir suas necessidades.
Além disso, a brincadeira contribui com o desenvolvimento infantil, promovendo o desenvolvimento de aspectos cognitivos como atenção, memória, imitação e imaginação, bem como aspectos socioemocionais, a comunicação e compreensão de regras.
Dito isto, podemos dizer que o existem a brincadeira funcional e a brincadeira simbólica.
A brincadeira funcional ocorre quando a criança brinca com a função do brinquedo, por exemplo, o carrinho é feito para andar, então a criança movimenta o carrinho fazendo com que ele ande, é o que Joãozinho, do começo do texto, faz.
Já a brincadeira simbólica ou brincadeira de faz-de-conta, acontece quando a criança trata o brinquedo como se fosse outro objeto ou quando a criança pode se passar por uma personagem ou outra pessoa.
Por exemplo, a criança dizer que é um super-herói e que salvará pessoas do outro lado mundo daqui a alguns minutos.
Como você pode perceber, a brincadeira pode ser uma fonte de informação importante para sua avaliação.
Não sabemos muito sobre o Joãozinho da introdução do texto, mas a forma como ele brinca é muito parecida com a maneira que uma criança que está dentro do Espectro Autista brinca.
E para você entender melhor sobre o porquê disso e como avaliar a brincadeira, quero te fazer um convite: no SerNeuroPsi tem um curso sobre Psicopatologia e Avaliação Neuropsicológica em casos de TEA.
Andressa Kato,
Equipe Incantato Psicologia